As canetas de adrenalina auto injetáveis, EPIPEN, PENEPIN, AUVI-Q, são, um recurso poderoso no tratamento de pessoas com alergias graves. Este medicamento se torna ainda mais importante após a proibição da venda de adrenalina em farmácias. Os pacientes com alergias críticas passaram a ter dificuldades de acesso ao medicamento e em casos de choque anafilático, correm sério risco de morte durante uma crise. Pensando nestes quadros, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia deu início a uma campanha pela liberação da adrenalina auto injetável, versão comum desta substância que está disponível no exterior, mas que ainda não teve sua venda permitida no Brasil. A versão auto injetável de adrenalina, é um mecanismo simples, mas que pode salvar vidas. É uma seringa pré-ajustada e preparada para ser aplicada no paciente automaticamente, facilitando o uso seguro até mesmo por pessoas sem treinamento especializado e possibilitando socorro imediato em emergências. Como o medicamento ainda não está disponível para a venda no território nacional, os pacientes ficam com poucas opções de recursos para uso durante as emergências. O quadro de anafilaxia é uma situação de crise e deve ser tratado com urgência. Ela consiste em uma reação grave a um alergeno, que pode ser um medicamento, uma picada de inseto, um alimento ou látex.Entre os sintomas estão os espirros, urticárias, coceiras e vermelhidão na pele, dores abdominais, náuseas e vômitos, além de desmaios, convulsões e outras reações cardíacas e respiratórias. Situações mais graves podem causar um inchaço grave na região da traqueia e obstruir o canal respiratório, levando à morte por asfixia. A providência mais comum e mais recomendada nestas situações é acionar o socorro especializado. No entanto, mesmo o tempo de espera pelo deslocamento e chegada da ambulância pode ser decisivo para a sobrevivência do paciente em crise. Alguns quadros podem causar óbito em poucos minutos e por isso, a disponibilidade da adrenalina auto injetável é fundamental. Entre os interessados na campanha estão pacientes alérgicos e seus familiares, além de médicos e professores. A adrenalina comum, anteriormente vendida em ampolas nas farmácias, passou a ser considerada como medicamento hospitalar e teve sua venda proibida. Entretanto, mesmo nos hospitais, os pacientes não podem adquirir o medicamento para uso em sua casa, escola ou trabalho. Assim, os portadores da anafilaxia passaram a ficar expostos às reações fatais, caso não recebam socorro imediato. A campanha é fundamental para dar autonomia e segurança aos pacientes que correm o risco de passar por estas crises. Estimamos que 2% da população já teve uma crise anafilática durante sua vida. A caneta de adrenalina auto injetável é um grande benefício já que, na maioria dos casos, não há sequer tempo para esperar a chegada do socorro ou a ida ao hospital. A importação da caneta de adrenalina é rápida, segura e hoje com custos mais acessíveis. IMPORTE SUA CANETA COM A FETCHMED, SOLICITE-NOS O ORÇAMENTO EPIPEN 0,15MG/ 0,30MG – PENEPIN 0,15MG/0,30MG – / AUVI-Q 0,1MG
FDA aprova o medicamento Trilaciclibe (Cosela)
O medicamento é administrado antes da quimioterapia para proteger a função da medula óssea Hoje, o US Food and Drug Administration aprovou Cosela (trilaciclib) como a primeira terapia em sua classe para reduzir a frequência de supressão da medula óssea induzida por quimioterapia em adultos recebendo certos tipos de quimioterapia em estágio extensivo (quando o câncer se espalhou para além do pulmões) câncer de pulmão de pequenas células. Cosela pode ajudar a proteger as células da medula óssea dos danos causados pela quimioterapia ao inibir a quinase 4/6 dependente da ciclina, um tipo de enzima. “Para pacientes com câncer de pulmão de células pequenas em estágio extenso, proteger a função da medula óssea pode ajudar a tornar sua quimioterapia mais segura e permitir que concluam o curso de tratamento no prazo e de acordo com o plano”, disse Albert Deisseroth, MD, Ph.D., oficial médico supervisor da Divisão de Hematologia Não Maligna do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA. “A aprovação de Cosela hoje dará aos pacientes uma opção de tratamento que pode reduzir a ocorrência de um efeito colateral comum e prejudicial da quimioterapia.” Fonte: https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-approves-drug-reduce-bone-marrow-suppression-caused-chemotherapy Publicado em 12 de fevereiro de 2021 IMPORTE SEU MEDICAMENTO COM A CENTRAL PHARMA, SOLICITE-NOS O ORÇAMENTO
LEDAGA – FetchMed representante exclusivo no Brasil
A Micose Fungóide é o tipo mais comum de Linfoma cutâneo de células T, classificado como Linfoma Não Hodgkin e apesar de ser a mais comum, ainda sim é uma Doença Rara, isso porque sua incidência é de 0,5 casos por 100.000 pessoas por ano. O Cloridrato de Clormetina (Ledaga) é um medicamento utilizado no tratamento de adultos com um cancro da pele denominado linfoma cutâneo de células T do tipo micose fungóide. O medicamento contém a substancia ativa clormetina.Uma vez que o número de doentes com este cancro da pele é baixo, a doença é considerada “rara” e o Ledaga foi designado medicamento órfão (um medicamento utilizado em doenças raras). Esse medicamento precisa de receita para aquisição.A FetchMed é representante exclusivo no Brasil do Ledaga. IMPORTE SEU MEDICAMENTO COM A FETCHMED SOLICITE-NOS O ORÇAMENTO clique aqui Por e-mail clicando a baixoIMPORTE SEU MEDICAMENTO COM A FETCHMED, SOLICITE-NOS O ORÇAMENTO clique aqui
O que é o coronavírus, como se espalha e quais são os sintomas
O coronavírus da China é um novo vírus que já matou seis pessoas na China e, hoje, teve o primeiro detectado nos Estados Unidos. Com sintomas parecidos com os da gripe, o vírus já contaminou cerca de 300 pessoas no mundo, a maioria delas na China. Confira, a seguir, as informações já conhecidas sobre o coronavírus. O que é o coronavírus chinês? O coronavírus pertence à família de vírus chamada Coronaviridae, que tem representantes que vão desde um vírus simples de gripe até doenças de maior risco à saúde humana, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, conhecida pela sigla MERS, (vinda de dromedários para humanos) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave, SARS (vinda de felinos para humanos). Essa última doença infectou mais de 8000 pessoas e matou 800 em uma epidemia em 2002. A nova variante do vírus foi encontrada na cidade de Wuhan, na China. A primeira morte ocasionada pelo novo coronavírus ocorreu em 11 de janeiro deste ano. Até agora, nove pessoas morreram em decorrência da contaminação. Cerca de 300 pessoas foram infectadas pelo vírus na China. Hoje, o primeiro caso foi detectado nos Estados Unidos. Como o coronavírus se espalha? A Organização Mundial da Saúde não descarta a possibilidade da contaminação entre humanos. Os vírus da família Coronaviridae se propagam de animais para humanos. Diversos vírus dessa família que circulam entre animais não têm casos de infecção em humanos. O coronavírus da China é um novo vírus que já matou seis pessoas na China e, hoje, teve o primeiro detectado nos Estados Unidos. Com sintomas parecidos com os da gripe, o vírus já contaminou cerca de 300 pessoas no mundo, a maioria delas na China. Confira, a seguir, as informações já conhecidas sobre o coronavírus. No entanto, Zhong Nanshan, pesquisador e pneumologista que descobriu o coronavírus SARS em 2003, afirmou em uma entrevista à emissora de TV CCTV, que pertence ao Estado Chinês, que a doença pode ser transmitida entre humanos. O vírus pode, em tese, se reproduzir ao se hospedar nas células de um ser humano. Com isso, quando se instala, o vírus se multiplica no corpo do hospedeiro. Porém, ainda pouco se sobre sabe a propagação do novo coronavírus. Quais são os sintomas os sintomas do coronavírus? Os sintomas do coronavírus são parecidos com os da gripe. São eles: dificuldade de respirar, coriza, tosse, dor de garganta e febre. Grupos de maior risco, como idosos e crianças, podem desenvolver doenças mais graves ao serem contaminadas com o coronavírus, como pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, falha renal e morte. Qual é o tratamento para o coronavírus? Ainda não há tratamentos eficazes conhecidos para combater o coronavírus. Por ora, não há uma vacina que impeça a contaminação pelo coronavírus. Por isso, apesar de não restringir viagens, a Organização Mundial da Saúde recomenda que os países redobrem a atenção em relação à saúde dos viajantes. De acordo com a reportagem da CNN, o National Institutes of Health, que parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, já trabalha em uma vacina para combater a propagação da doença. No entanto, pode levar cerca de um ano até que ela seja lançada. Como evitar a contaminação pelo coronavírus? A recomendação da Organização Mundial da Saúde é parecida com a que a entidade dá para evitar que você pegue uma gripe. Ou seja, é importante manter boa higiene das mãos e também ficar atento ao ambiente para manter boas condições respiratórias.
Transtornos relacionados ao estresse aumentam o risco de infecções?
“Estresse diminui a imunidade”. Muitas pessoas já ouviram ou falaram isso alguma vez, tanto profissionais da saúde quanto leigos. Algo que já vinha da sabedoria popular, essa teoria encontra cada vez mais evidências que a apoiam na literatura científica. Por vários mecanismos fisiológicos, especialmente os hormonais, o estresse, tanto físico quanto emocional, tem sido relacionado a distúrbios imunológicos. Ao mesmo tempo que gera inflamação, o estresse também desorganiza a resposta imune e, portanto, compromete sua eficiência. Porém, não são tantos os estudos do assunto e menos ainda são os estudos relacionando transtornos mentais específicos e a ocorrência de infecções mais graves. Estresse e risco de infecções graves Para esclarecer essa dúvida, o periódico BMJ publicou uma pesquisa este ano, que estudou, especificamente, a ocorrência de infecções graves (nesse caso, considerando aquelas em que há risco de vida) e transtornos mentais relacionados ao estresse (como o transtorno de estresse pós-traumático – TEPT). O estudo usou uma base de dados sueca para coletar um “N” de quase 145.000 pacientes com diagnóstico de transtornos relacionados ao estresse entre os anos de 1987 a 2013. Nessa seleção, foram inclusos pacientes com TEPT, reação aguda ao estresse, transtornos de adaptação e outras formas de reação ao estresse intenso. A partir do diagnóstico, os registros médicos de todos os pacientes foram vasculhados em busca de eventos infecciosos graves, incluindo sepse, endocardites, infecções de sistema nervoso central e também infecções de outros sítios que fossem potencialmente fatais. Para comparação, o estudo coorte usou um grupo de controle composto por irmãos dos pacientes (filhos de mesmo pai e mesma mãe) que não tivessem o mesmo diagnóstico psiquiátrico. Essa escolha foi feita para descartar disparidades genéticas muito grandes e também diferenças de criação durante a infância. Os cientistas também compararam os dados a membros da população geral (não relacionados aos pacientes) pareados por sexo, ano e local de nascimento. Resultados Na análise entre irmãos, os dados mostraram risco aumentado de infecções graves no grupo acometido pelos transtornos de estresse. O risco relativo (RR) foi de 1,47 para todos os transtornos de ansiedade combinados;1,92 para o TEPT quando o transtorno foi analisado separadamente e 1,43 para a reação aguda ao estresse. Dentre as infecções estudadas, o RR para meningite foi o maior, ficando em torno de 1,63, seguido da endocardite com RR de 1,57. Na análise com a população geral, o resultado foi um mesmo, com os transtornos de estresse gerando um RR de 1,58 e o TEPT, isoladamanete, RR de 1,95. O estudo também gerou outras observações interessantes: quanto mais cedo o diagnóstico, maior parecia ser a incidência de infecções graves; o risco também aumentava em pacientes com outros transtornos mentais de comorbidade, especialmente o uso de drogas; e os riscos, a longo prazo, pareciam ser diminuídos em pacientes que usavam inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Mecanismos A pesquisa não analisou, especificamente, os mecanismos através dos quais esse efeito ocorre. A equipe de pesquisadores teoriza que a fisiopatologia por trás disso é o conjunto de efeitos gerados pelo sistema hormonal de resposta ao estresse. Já é bem conhecido que os hormônios desse sistema (predominantemente cortisol e adrenalina), em excesso, podem desregular a resposta imune, comprometendo o combate eficaz de agentes agressores e ao mesmo tempo exacerbando a inflamação sistêmica (o que poderia ser responsável pela evolução desfavorável dessas infecções). Além disso, alguns outros fatores que não foram controlados no estudo podem ser contribuintes para os resultados. Questões comportamentais como início de tabagismo, etilismo ou uso de outras drogas após o diagnóstico de um transtorno de estresse também poderiam contribuir para os resultados obtidos (o uso de drogas injetáveis, por exemplo, poderia aumentar a incidência de endocardite). Porém, os pesquisadores ressaltam que esses fatores comportamentais, isoladamente, dificilmente explicariam toda a magnitude dos efeitos observados. Importância da saúde mental Os resultados desse estudo podem ser interpretados como um apelo para que os profissionais da saúde valorizem a importância da saúde mental entre as condições clínicas gerais de cada paciente. Já era conhecido o efeito imunossupressor do estresse, inclusive com estudos isolados e revisões sistemáticas mostrando aumento na incidência de infecções respiratórias agudas em pacientes expostos ao estresse psicológico. Um desses estudos, especificamente, mostrou que o estresse relacionado ao uso de redes sociais (como o Facebook) tem o mesmo efeito nos riscos de infecção respiratória. Porém, esse estudo do BMJ é ainda mais relevante por investigar infecções que vão além de simples faringites, entrando na lista das infecções com potencial risco de morte. O achado, de que quanto mais cedo o início do transtorno de estresse maior o risco, também chama a atenção para a importância dos cuidados na infância. Isso porque muitas outras pesquisas mostram que a exposição precoce a estressores de vários tipos compromete as respostas fisiológicas do indivíduo na fase adulta. Ao mesmo tempo, o fato de o risco de infecções ser reduzido mediante uso de antidepressivos mostra que, com tratamento adequado dos transtornos e manejo do estresse, é possível reverter esses riscos e evitar alguns desfechos trágicos. A pesquisa atual não analisou os efeitos da psicoterapia, sendo necessárias novas pesquisas sobre esse assunto em particular. Mesmo assim, fica clara a necessidade de se procurar tratamento psicológico e psiquiátrico adequado sempre que o estresse do dia a dia se tornar pesado demais. Fonte: pebmed.com.br
Faz uso contínuo de medicamentos? Confira 5 dicas básicas para viajar de avião com remédios e não passe apuros
Para quem vai viajar de avião e precisa levar medicamentos, sempre surgem algumas dúvidas. Para evitar dores de cabeça, confira as principais dicas do Coordenador Médico do Seguro Viagem Allianz, José Sallovitz Pessoas que usam medicação contínua ou controlada devem adotar medidas preventivas para viajar de avião com os medicamentos. Leve sempre a prescrição médica, registrada no nome do viajante, constando os medicamentos que estão sendo transportados. Para viagens ao exterior vale atentar-se para as diferentes normas sanitárias de cada destino. Recomenda-se que leve uma versão da receita em inglês, além da nota fiscal dos medicamentos. A quantidade ideal varia de acordo com o tempo da sua viagem. Leve uma quantidade extra para uma semana a mais, para o caso de ter que adiar o retorno. Leve a quantidade adequada dos seus medicamentos. A prescrição médica ou receita médica brasileira não tem validade no exterior. Para conseguir comprar remédio no exterior, o viajante teria que passar numa consulta em um hospital local e solicitar uma receita do país em visita. Vale ressaltar que consultas clínicas não emergenciais, como essa, não estão cobertas pelo seguro viagem. Sempre na sua bagagem de mão e dentro da embalagem original do medicamento. Caso um imprevisto como extravio da mala aconteça, você terá os seus remédios consigo. Isso vale principalmente para medicamentos de uso contínuo. Alguns medicamentos de uso irrestrito aqui no Brasil, como a Dipirona Sódica, são proibidos em certos países, como nos Estados Unidos. Ou seja, você não vai encontra-la nas farmácias. Vale a pena incluí-la sempre na sua bolsa de mão. Outro ponto de atenção é para o uso de anti-inflamatórios. Em muitos países do exterior a sua compra só é possível com uma prescrição médica local. Por isso, vale a pena levar em sua bagagem esse remédio, mesmo que seja apenas por precaução. Fonte: https://paraondefor.com.br
FDA aprova novo antibiótico para tratamento de bactérias multirresistentes
A disseminação de bactérias multirresistentes vem se mostrando um desafio global no tratamento de infecções comunitárias e hospitalares. Recentemente, a U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma nova arma contra esses microrganismos. Imipenem-cilastatina/relebactam (nome comercial: Recarbrio) é uma combinação de imipenem, um carbapenêmico, com o relebactam, um novo inibidor de beta-lactamase. A cilastatina é um inibidor da deidropeptidase renal, diminuindo o metabolismo do imipenem e aumentando sua concentração sérica. A proposta desse novo antimicrobiano é ser mais uma opção terapêutica para bactérias Gram-negativas, principalmente, as produtoras de carbapenemases. O Recarbrio foi aprovado para duas situações: infecções intra-abdominais complicadas e infecções complicadas do trato urinário. A não-inferioridade da combinação foi comprovada em dois ensaios clínicos: um com 298 pacientes adultos com ITU complicada e outro com 347 adultos com infecção intra-abdominal complicada. Entretanto, outro grande estudo (RESTORE-IMI 1) também mostrou resultados favoráveis em relação ao uso do fármaco. Trata-se de um ensaio duplo-cego, randomizado e multicêntrico que recrutou pacientes com ITU complicada, infecção intra-abdominal complicada ou pneumonia hospitalar ou associada à ventilação mecânica para receber a combinação imipenem-cilastatina/relebactam ou terapia combinada com imipenem e colistina. Os resultados mostraram maiores taxas de resposta clínica com 28 dias no grupo que recebeu Recarbrio do que no grupo que recebeu imipenem e colistina (71% vs. 40%), além de menor mortalidade por qualquer causa em 28 dias (9,5% vs. 30%). Nefrotoxicidade decorrente do tratamento também foi menor no grupo do novo antimicrobiano, de forma estatisticamente significativa. Nos estudos realizados para aprovação, os eventos adversos mais comuns com o uso de imipenem-cilastatina/relebactam foram náuseas, diarreia, cefaleia, febre e aumento de enzimas hepáticas. Além disso, observou-se risco aumentado de ocorrência de crises convulsivas com o uso concomitante com ganciclovir ou ácido valproico, sendo o último devido à diminuição dos níveis séricos do anticonvulsivante. A dose recomendada é de 500/250mg, EV, 6/6 horas para adultos com função renal normal. A infusão deve ocorrer em 30 minutos e o tempo de tratamento deve ser orientado pelo local e a gravidade da infecção, assim como pela resposta clínica, variando de 4 a 14 dias. Em pacientes com disfunção renal, recomenda-se a redução da dose. Embora a aprovação de um novo antibiótico seja animadora, é importante destacar que o imipenem-cilastatina/relebactam não tem atividade contra a maioria das bactérias produtoras de metalo-beta-lactamases. E que seu uso não deve ser indiscriminado, mas baseado em testes de sensibilidade. Para que permaneça como uma arma em nosso restrito arsenal terapêutico contra bactérias multirresistentes, o uso racional desse antimicrobiano deve ser a regra. Fonte: pebmed.com.br
Nova lista de medicamentos essenciais para câncer da OMS
A OMS, Organização Mundial da Saúde, incluiu alguns novos medicamentos na lista de medicamentos essenciais para tratamento de câncer. A Imunoterapia entrou na lista de remédios essenciais e outras novidades como remédios orais para tratar os cânceres de pulmão e de próstata e drogas para neoplasias hematológicas. Os imunoterápicos Nivolumabe ou o Pembrolizumabe aumentam em até 50% as chances de sobrevivência dos pacientes com Melanoma – um câncer até pouco tempo atrás incurável. A lista existe desde 1977 e é atualizada, não muito frequentemente, com base em revisão da literatura científica a fim de selecionar os tratamentos que oferecem os benefícios mais efetivos. São considerados essenciais pela OMS. O que isso quer dizer? Com essa lista, a OMS sugere fortemente onde os governos devem investir recursos para seus sistemas de saúde. Nos últimos 10 anos, metade das novas inclusões contemplaram medicações oncológicas. Somando todos os tipos de medicamentos, incluindo os não oncológicos (antibióticos, antifúngicos, antirretrovirais, analgésicos, etc) são apenas pouco mais de 400 medicamentos que tem esse “selo” da OMS. Mas e o custo? A OMS recomenda que os governos se empenhem em negociar com as indústrias condições para ampliar o acesso. Em alguns casos, a OMS provê fundos para ajudar na incorporação. Tomara que as “Big Pharmas” façam a sua parte. A OMS também introduziu em sua lista remédios para a leucemia e linfoma como o Dasatinibe e para o Mieloma Múltiplo como o Bortezomibe e a Lenalidomida. Assim como medicações por via oral para o câncer de Próstata como a Abiraterona e para o câncer de pulmão EGFR mutado como o Gefitinibe ou Erlotinibe. O Trastuzumabe – usado em Câncer de Mama HER2 positivo – está nesta lista há anos, e mesmo sendo considerado essencial pela OMS no metastático desde 2015, o Ministério da Saúde (MS) só incorporou no Sistema Único de Saúde (SUS) – e de forma não universal – em 2018, com 17 anos de atraso em relação à Saúde Suplementar. Justiça seja feita a inclusão dessa indicação na lista da OMS ajudou a convencer o governo brasileiro. Essas novas inclusões da OMS (não disponíveis no SUS) devem balizar imediatamente e servem de pressão para o nosso defasado, esquecido e combalido Sistema Público. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e as ONGs que fazem “advocacy” como o Oncoguia, a Femama, a Fundação Laço Rosa e tantas outras tem trabalhado arduamente para diminuir esse abismo entre o SUS e o privado. Tomara que essa lista ajude. Fonte: https://pebmed.com.br
Vacina contra sarampo: 15 perguntas e respostas sobre a doença que voltou a assustar os brasileiros
O avanço dos casos registrados de sarampo no país tem levado a uma série de dúvidas sobre a doença e a vacina, principal forma de prevenção. Atualmente, três Estados brasileiros estão com surto ativo de sarampo: São Paulo, Pará e Rio de Janeiro. A situação mais grave é no Estado paulista. De 1 de janeiro a 17 de julho, a Secretaria de Estado da Saúde da São Paulo confirmou 484 casos em 25 municípios, a maioria, 75% (363), na capital. O Pará, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, contabiliza este ano 53 doentes, e o Rio de Janeiro, 11. Até o dia 12 de julho, o órgão havia registrado 426 casos da doença no país, em sete Estados, incluindo Minas Gerais, Amazonas, Santa Catarina e Roraima. Para saber mais sobre a doença, a BBC News Brasil conversou com Regiane de Paula, diretora do Cento de Vigilância Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e Eliane Matos dos Santos, médica da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 1 – Por que o sarampo voltou? A epidemia de sarampo é um fenômeno global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que, em 2017, a doença foi responsável por 110 mil mortes. Este ano, ainda segundo as entidades, casos notificados no mundo cresceram 300% nos primeiros três meses em comparação com o mesmo período de 2018. Só nas Américas, entre 1 de janeiro e 18 de junho de 2019, foram 1.722 confirmações em 13 países: Argentina (5 casos), Bahamas (1 caso), Brasil (122 casos), Canadá (65 casos), Chile (4 casos), Colômbia (125 casos), Costa Rica (10 casos), Cuba (1 caso), Estados Unidos da América (1.044 casos), México (2 casos), Peru (2 casos), Uruguai (9 casos) e República Bolivariana da Venezuela (332 casos). O Brasil, diz o Ministério da Saúde, vinha de um histórico de não registrar casos autóctones (adquiridos dentro do país) desde o ano 2000 – entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos, um no Ceará e outro em Pernambuco, a partir de casos importados. Em 2018, no entanto, a doença reapareceu na região Norte, nos Estados do Amazonas, Roraima e Pará, trazida pelos venezuelanos que fugiam da crise. Já os vírus que atingiram São Paulo, este ano, vieram com pessoas que foram infectadas na Noruega, em Malta e em Israel. O problema é que a cobertura vacinal da patologia no país está abaixo do patamar ideal, que é acima de 95%. Pelas informações do Ministério da Saúde, em 2018, este índice, relacionado à vacina tríplice viral em crianças de um ano de idade, foi de 90,80%. Em 2015, chegou a 96,7%. E as razões para isso são várias, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem: medo de ter reação à imunização; desconhecimento de que existe um calendário de vacinação específico para adultos e idosos; falsa sensação de segurança, já que muitas doenças estão controladas; notícias falsas e grupos antivacina. 2 – O que é o sarampo? O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente contagiosa e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. Sua transmissão se dá de forma direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, espirrar, respirar e falar. 3 – Quais são os sintomas? Os primeiros sintomas são febre alta, acima de 38,5°, com duração de quatro a sete dias, e manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular) – começam no rosto e atrás das orelhas, e depois, se espalham pelo corpo. Geralmente, aparecem entre 10 e 12 dias após o contato com o vírus e podem vir acompanhados de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal. Pequenas manchas brancas dentro das bochechas também são comuns de se desenvolver no estágio inicial da doença. 4 – Quais as possíveis complicações? As mais comuns são infecções respiratórias (broncopneumonia e pneumonia, por exemplo), otites, diarreia grave e doenças neurológicas, como encefalite (inflamação do cérebro). Elas são mais frequentes em crianças de até dois anos de idade, sobretudo nas desnutridas, adultos jovens e indivíduos com imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade, e podem deixar sequelas, tais como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento da doença ainda pode levar à morte. 5 – Como é o tratamento? Não existe tratamento específico para o sarampo. Para os casos sem complicação, é importante manter uma boa hidratação, suporte nutricional e diminuir a hipertermia. Quando o quadro se agrava e surgem, por exemplo, diarreia, pneumonia e otite média, essas situações devem ser tratadas, normalmente, com o uso de antibioticoterapia. No caso de crianças acometidas pela enfermidade, a Organização Mundial da Saúde recomenda a administração de vitamina A, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. 6 – Como prevenir a doença? A vacina é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo. 7 – Quem deve se vacinar contra o sarampo? Todo mundo que nunca tomou a vacina e todos aqueles que não têm certeza se já tomaram. Pelo Calendário Nacional de Vacinação, a tríplice viral, que ainda protege contra caxumba e rubéola, deve ser administrada aos 12 meses de vida, e a tetra viral – acrescenta varicela (catapora) à lista de doenças combatidas – aos 15 meses. Pessoas de 10 a 29 anos que não tomaram a vacina quando crianças precisam receber duas doses da tríplice viral. Na faixa etária de 30 a 49 anos, a dose é única. 8 – Por que os jovens de 15 a 29 anos são o foco das campanhas atuais? Pessoas de todas as faixas etárias precisam ter as duas doses da vacina, porém, os jovens desta faixa etária nasceram em uma época em que a segunda dose não fazia parte do Calendário Nacional de Vacinação, assim, muitos não a tomaram e, por isso, não estão totalmente protegidos. 9 – Quando há surto, é preciso se vacinar novamente? Não. Quem tiver se vacinado contra
Disfunção cognitiva pode ser indício de esclerose múltipla
De acordo com a National Multiple Sclerosis Society, mais da metade dos pacientes com esclerose múltipla poderão desenvolver problemas com a cognição. Aliás, esse pode ser o primeiro sintoma de esclerose a aparecer. “Combinando a clínica, exames de imagem tradicionais e neuropsicológicos, é possível avançarmos no diagnóstico precoce, garantindo uma melhor qualidade de vida para os pacientes – dado que hoje temos à disposição tratamentos transformadores do curso natural da doença”, explica Carina Spedo, neuropsicóloga, PhD em neurociências pela FMRP-USP. Nas doenças desmielinizantes, as lesões cerebrais características podem ser sutis no primeiro momento, e o paciente pode não apresentar qualquer comprometimento físico e motor. Porém, é possível que já haja algum prejuízo cognitivo. É importante lembrar que, durante muito tempo, foi pensado que a esclerose múltipla não afetava a cognição. Mas hoje sabemos que sim, mas de uma maneira mais sutil, como o Alzheimer ou outras demências. Segundo a especialista, os pacientes podem vivenciar dificuldades no planejamento e organização, além de problemas de memória, sentir-se lento para pensar ou raciocinar. “Esses sintomas devem ser objetivamente mensurados através de testes específicos e associados às dificuldades enfrentadas no dia a dia”, complementa Carina Spedo, que também é pós-doutora na FMRP-USP e coordenadora do Seguimento de Neuropsicologia do Serviço de Neurologia Cognitiva-Comportamental da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Sinais de alerta Além da disfunção cognitiva, outros primeiros sinais da esclerose múltipla podem ser alterações de humor, diminuição da velocidade de processamento de informações, falta de atenção/memória, e habilidade reduzida de recordar sequências numéricas e organizar materiais. Esses sinais são, geralmente, imperceptíveis por grande parte dos pacientes e familiares, principalmente no início da enfermidade. Os primeiros sinais de disfunção cognitiva podem ser sutis – quando notados, primeiro pode ser pela pessoa com esclerose múltipla ou por um membro da família ou colega. Geralmente, a fadiga, as dificuldades cognitivas e emocionais podem comprometer o emprego, o desempenho de certas atividades sociais e diárias. Para Carina Spedo, apesar do comprometimento cognitivo na esclerose múltipla possuir taxas de prevalência de 43% a 70%, e ser um importante aliado no diagnóstico precoce e na qualidade de vida para o paciente, mais estudos são necessários. Estudo inédito avalia as funções cognitivas dos pacientes Uma breve bateria de testes foi desenvolvida para avaliar as funções cognitivas mais frequentemente comprometidas dentro da esclerose múltipla. “Esse estudo consistiu na tradução, adaptação e normatização de uma bateria neuropsicológica criada pela Sociedade Nacional Americana de Esclerose Múltipla para que esses testes pudessem ser usados também na amostra populacional brasileira”, explica Luciana Azevedo Damasceno, psicóloga, terapeuta cognitivo-comportamental e colunista da PebMed. A especialista foi treinada pelo professor Benito Damasceno, do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para captar sujeitos e colaborar com o estudo multicêntrico representando o departamento de pós-graduação em Neurologia e Neurociências da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foram recrutados 285 indivíduos saudáveis de dez estados brasileiros que passaram por avaliações com neuropsicólogos treinados. Graças a esse estudo, os pesquisadores conseguiram uma bateria de testes com maior especificidade para o rastreio de deficiências cognitivas nos pacientes portadores de esclerose múltipla. Os dados normativos obtidos permitiram um uso mais amplo da Breve Bateria Repetitiva de Testes Neuropsicológicos na prática e na pesquisa, fornecendo normas para os dados discretos e contínuos. Dificuldades no diagnóstico A categoria médica afirma que é difícil diagnosticar uma enfermidade como a esclerose múltipla, que pode ter altos e baixos, com surtos e remissões. Mas, com a ressonância magnética, os exames laboratoriais e do liquor, é possível excluir outras doenças que podem simular a esclerose múltipla. “Além dos desafios enfrentados pelo clínico para diagnóstico, o próprio paciente enfrenta dificuldades para identificar que está com a doença. Isto porque, no começo, os sintomas podem se manifestar de forma sutil através de sintomas transitórios e de curta duração. Assim, o paciente não dá a devida importância aos sinais, pois não imagina que está doente. A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando pequenos sintomas, sem dar importância a esses sinais, porque em três ou quatro dias eles desaparecem. Com o passar do tempo, um sintoma de maior magnitude surge e só então um médico é procurado”, alerta Carina Spedo. É importante frisar em pacientes jovens que apresentam alterações cognitivas isoladamente, sem outros sintomas neurológicos, há vários outras causas possíveis para pensar antes da esclerose múltipla, como depressão, estresse e ansiedade. “É muito mais fácil pensar em disfunção cognitiva na esclerose múltipla no paciente que já tem esse diagnóstico fechado. Isso porque é difícil para quem ainda tem ainda esse diagnóstico começar com um quadro de sintomas cognitivos, mais mentais, puro e simples. E não um outro sistema neurológico, com tontura, parestesia, etc. Normalmente, eles apresentam outros sintomas sim, juntamente com a disfunção cognitiva”, ressalta Henrique Cal, neurologista dos Hospitais Pró-Cardíaco e Copa D’or, coordenador do ambulatório de Neuroimunologia da UFF e colunista da PebMed. A doença hoje Estima-se que haja 2,5 milhões de pessoas com esclerose múltipla. No Brasil, a prevalência estimada é de 1,36 a 20/100 mil habitantes. As manifestações iniciais da doença ocorrem predominantemente em adultos jovens. A média de idade na qual se inicia a doença é de 30 anos. Trata-se, portanto, de faixa etária na qual as pessoas estão economicamente ativas. Embora a esclerose múltipla seja menos prevalente do que outras doenças crônicas, diversos estudos demonstraram que os custos com o seu tratamento são bastante elevados. A idade média de aposentadoria por invalidez devido à esclerose múltipla no Brasil é de 39 anos. Cerca de 70% dos pacientes se aposentam mais cedo em decorrência da esclerose múltipla e 50% ficam desempregados após cinco anos do início da doença. Aos 15 anos de doença, 67% desses pacientes estão desempregados ou aposentados por incapacidade. Tal fato ocorre devido à significativa piora na qualidade de vida, fazendo com que as taxas de desemprego aumentem devido à progressão e gravidade dos problemas motores e cognitivos. Sabe-se que 75% dos pacientes brasileiros com esclerose múltipla fizeram ou fazem uso do Sistema Único de Saúde (SUS). Os custos anuais diretos ao governo brasileiro são, em